Os Ricciolini em Porto Alegre


Gaetano e Isabel Ricciolini mudam-se por volta de 1831 do Rio de Janeiro para Porto Alegre, onde, segundo o cronista Antônio Álvares Pereira Coruja, montam pequenos espetáculos musicais para a "Sociedade do Theatro Particular", na atual rua Uruguai (Casa da Ópera). 

No rol de estrangeiros residentes em Porto Alegre (11 de novembro de 1833), aparece menção a "Caetano Rexiolim, italiano, mestre de dança", residente à rua do Rosário (atual Vigário José Inácio).

Conforme noticia o "Diário do Rio de Janeiro" em 24 de maio de 1837, o "toscano Caetano Ricciolini, sua mulher e seis filhos" retornaram no dia anterior ao Rio de Janeiro a bordo do brigue "Descobridor" -- depois de quase seis anos no Rio Grande do Sul.



O SOBRENOME RICCIOLINI

O sobrenome é provavelmente originário da Toscana (a palavra italiana ricciolini tem o significado literal de "pequenos cachos de cabelo"). Um dos registros mais antigos do sobrenome é o do frei Bernardino Ricciolini, nascido em Florença por volta de 1560. De acordo com seu breve esboço biográfico no Diario Sagro dell'Ordine dei Servi di Maria Vergine (Veneza, 1723), frei Bernardino vinha de "famiglia assai civile, ed antica" ("família muito instruída, e antiga").

Muito raro na Itália de hoje, o sobrenome ainda é encontrado nas regiões da Toscana, Umbria e Lombardia. No Brasil, o sobrenome está presente desde a chegada do cantor lírico Gaetano Ricciolini ao Rio de Janeiro, na década de 1810.




CRONOLOGIA DO RAMO FAMILIAR DE VIRGÍNIA DA FONTOURA TRINDADE (*Cachoeira do Sul 22.02.1873  +Rio de Janeiro 29.08.1933)
episódios históricos relevantes aparecem em vermelho

O Duomo e o Batistério de San Giovanni, Florença











30 de março de 1618
Carlo Ricciolini, filho de Lorenzo e Francesca Ricciolini e neto de Domenico Ricciolini, nasce em Florença. Seus pais são moradores do bairro de San Remigio. Lorenzo Ricciolini é maniscalco (ferreiro), profissão integrante das chamadas Arti di Firenze (as corporações medievais florentinas).
Batismo de Carlo Ricciolini (Florença, 1618)



26 de janeiro de 1652
Antonio Ricciolini, filho de Carlo Ricciolini e Benedetta Nechi, nasce em Florença. Seus pais são moradores do bairro de Santa Lucia sul Prato.
Batismo de Antonio Ricciolini (Florença, 1652)







19 de junho de 1690
Giovanni Battista Ricciolini, filho de Antonio Ricciolini e Caterin'Angela Pettinelli, nasce em Florença. Seus pais são moradores do bairro Santa Lucia sul Prato.
Batismo de Giovanni Battista Ricciolini (Florença, 1690)







4 de novembro de 1726
Gaetano Maria Ricciolini, filho de Giovanni Battista Ricciolini e Maria Maddalena Cecchi, nasce em Florença. Seus pais são moradores do bairro de San Salvatore di Ognissanti.
Batismo de Gaetano Maria Ricciolini (Florença, 1726)








1737   Morre o último representante da dinastia Medici. O Grão-Ducado da Toscana passa a integrar a esfera de poder da Áustria.

18 de outubro de 1756
Giuseppe Maria Gaetano Ricciolini, filho de Gaetano Maria Ricciolini e Anna Maria Ciamminghi, nasce em Florença. Seus pais são moradores do bairro de Santa Maria Novella.
Batismo de Giuseppe Maria Gaetano Ricciolini (Florença, 1756)






27 de agosto de 1778
Giuseppe Maria Gaetano Agostino Ricciolini, filho de Giuseppe Maria Gaetano Ricciolini e Fortunata del Grasso, nasce em Florença. Seus pais são moradores do bairro de Santa Maria Novella.
Batismo de Gaetano Ricciolini (Florença, 1778)




1796   Napoleão Bonaparte invade a Toscana, que será anexada à França em 1807. 

1798

Gaetano Ricciolini inicia a carreira de cantor lírico (baixo-barítono) e dançarino registros de participação sua em montagens de óperas em teatros florentinos nos anos de 1798, 1799 e 1800.  

c.1801
Gaetano Ricciolini se estabelece em Lisboa e passa a integrar a companhia de ópera italiana do Real Teatro de São Carlos.

1807   Tropas francesas invadem Portugal. A família real portuguesa abandona Lisboa.

24 de março de 1811

Gaetano Ricciolini se casa na Igreja de São José, em Lisboa, com a atriz e soprano hispano-portuguesa Isabel Rubio. Nascida em Lisboa, paróquia das Mercês, em 28 de dezembro de 1792, Isabel é filha dos espanhóis Juan Antonio Rubio, natural de Zaragoza, e Juana Rodriguez, natural de Sevilha.
Casamento de Gaetano e Isabel Ricciolini (Lisboa, 1811)
















c.1812
Isabel e Gaetano Ricciolini apresentam-se na Ilha da Madeira.

4 de outubro de 1817
A convite do diretor e barítono milanês Michele Vaccani, Isabel e Gaetano Ricciolini chegam o Rio de Janeiro para integrar a companhia de ópera italiana do Real Teatro de São João, onde hoje se encontra o Teatro João Caetano.
Real Teatro de São João, Rio de Janeiro.








21 de maio de 1818
Nasce Henriqueta Ricciolini, filha de Isabel e Gaetano Ricciolini, no Rio de Janeiro. É batizada na Igreja do Santíssimo Sacramento da Sé.

Batismo de Henriqueta Ricciolini (Rio de Janeiro, 1818)










15 de março de 1820
Acompanhados dos filhos Emília e Nuno, Isabel e Gaetano Ricciolini viajam a Salvador da Bahia para participar de apresentações no Teatro São João, primeira grande casa de ópera no Brasil. Permanecem até meados de 1822 em Salvador, onde nasce sua filha Clara Ricciolini.

1821   O atual Uruguai é incorporado ao Brasil com o nome de Província Cisplatina.

18 de janeiro de 1823
O Real Teatro de São João realiza espetáculo em benefício da atriz Isabel Ricciolini.

Diário do Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 1823.































2 de junho de 1823
Nasce Caetano Rubio Ricciolini, filho de Isabel e Gaetano Ricciolini, no Rio de Janeiro. É batizado na Igreja do Santíssimo Sacramento da Sé.



Batismo de Caetano Rubio Ricciolini (Rio de Janeiro, 1823)







12 de julho de 1823
O Real Teatro de São João realiza espetáculo em benefício de Caetano Ricciolini. A programação inclui um "duetto do célebre Rosini [sic], cantado pelo Beneficiado e sua mulher".

Diário do Rio de Janeiro, 11 de julho de 1823.



























8 de agosto de 1823
O baixo italiano Fabrizio Piacentini funda os "Acadêmicos Filarmônicos", primeira sociedade devotada à realização regular de concertos no Rio de Janeiro. Isabel e Gaetano Ricciolini aparecem entre seus membros fundadores.

Diário do Rio de Janeiro, 30 de julho de 1823.


























8 de novembro de 1823
O Real Teatro de São João realiza novo espetáculo em benefício de Isabel Ricciolini. A programação inclui um "duetto de música do célebre Farinelli, cantado pela Beneficiada e seu marido".
Diário do Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1823.

























25 de março de 1824
O Real Teatro de São João é destruído por um incêndio. O fogo começou durante espetáculo em comemoração à Constituição do Império do Brasil, outorgada naquela data (por ironia, Isabel Ricciolini
 torna-se cidadã brasileira por força do artigo 6º, inciso IV, dessa  mesma Constituição). Com a temporada lírica paralisada no Rio de Janeiro, Isabel e Gaetano Ricciolini aceitam convite do tenor espanhol Pablo Rosquellas para formar a primeira companhia de ópera italiana de Buenos Aires, no Teatro Coliseo. Embarcam para a Argentina em 2 de maio de 1824 pelo brigue "Portinho Livre", acompanhados de "hum filho [provavelmente o recém-nascido Caetano] e hum escravo".
Diário do Governo, 5 de maio de 1824.









28 de janeiro de 1825
Após breve estada no Rio de Janeiro para buscar os três filhos que haviam ficado no Brasil, Isabel e Gaetano Ricciolini embarcam uma vez mais para Buenos Aires, desta vez pela escuna "Paquete do Rio da Prata".
Diário Fluminense, 1 de fevereiro de 1825.









19.04.1825   Os "33 orientais" de Lavalleja cruzam o rio da Prata e iniciam rebelião contra o Brasil.

29 de maio de 1825
Miguel Cândido da Trindade Rubio Ricciolini, filho de Gaetano Ricciolini e Isabel Rubio, nasce em Buenos Aires. É batizado em 11 de julho de 1825 na Basílica de Nuestra Señora de la Merced, a duas quadras da Plaza de Mayo. O nome é uma homenagem aos padrinhos, o casal Michele e Candida Vaccani, e uma referência à data de nascimento (29 de maio foi um domingo da Santíssima Trindade).
Batismo de Miguel Cândido da Trindade (Buenos Aires, 1825)














27 de setembro de 1825
Gaetano Ricciolini canta o papel de Don Basilio na primeira montagem do "Barbiere di Siviglia" de Rossini em Buenos Aires.

10.12.1825   Pedro I declara guerra à Argentina. A marinha brasileira inicia o bloqueio naval de Buenos Aires.

1826
Apesar de seus vínculos com o Brasil, a família Ricciolini nada sofre e se beneficia do momento de abertura intelectual e artística propiciado pelo Presidente Bernardino Rivadavia e pelo Governador de Buenos Aires, Manuel Dorrego. Gaetano canta nas estreias argentinas da "Cenerentola" e de "L'Italiana in Algeri", ambas de Rossini.

26.01.1827   Tropas comandadas por Alvear ocupam Bagé, no Rio Grande do Sul.

8 de fevereiro de 1827
O "Don Giovanni" de Mozart estreia no Teatro Coliseo de Buenos Aires. Gaetano canta o papel de Don Ottavio, e Isabel, o de Donna Elvira.

20.02.1827   O exército imperial brasileiro é derrotado em Passo do Rosário (Ituzaingó).

c. 1828
Nasce João de Deus Rubio Ricciolini, filho de Isabel e Gaetano Ricciolini, em Buenos Aires.

1828-1829
Isabel e Gaetano Ricciolini montam os primeiros espetáculos de balé na Argentina.
Buenos Aires no séc. XIX

















08.12.1829   Juan Manuel de Rosas toma o poder em Buenos Aires.

1830
O governo de Rosas inviabiliza a permanência de Isabel e Gaetano Ricciolini em Buenos Aires. A família retorna ao Brasil e passa a viver em Porto Alegre.

18 de agosto de 1834
Caetano Rubio Ricciolini morre em Porto Alegre aos onze anos de idade, vítima de um "apostema" (abscesso).

20.09.1835   Começa a Revolução Farroupilha.
23 de maio de 1837
O "toscano Caetano Ricciolini, sua mulher e seis filhos" retornam ao Rio de Janeiro a bordo do brigue "Descobridor". 
Diário do Rio de Janeiro, 24 de maio de 1837














11 de junho de 1837
Três semanas após seu regresso ao Rio de Janeiro, Isabel Ricciolini e sua filha Henriqueta se apresentam em peça no Teatro Constitucional Fluminense (no local do antigo Real Teatro de São João, depois Teatro de São Pedro de Alcântara), em montagem da companhia dramática do ator brasileiro João Caetano dos Santos.
Diário do Rio de Janeiro, 10 de junho de 1837

















15 de outubro de 1838
Gaetano Ricciolini faz participação especial na despedida de João Caetano dos Santos do Teatro Constitucional Fluminense (já rebatizado como São Pedro de Alcântara).
Diário do Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1838



































23 de outubro de 1838
Em carta publicada na imprensa do Rio de Janeiro, João Caetano agradece Gaetano Ricciolini e outros pela participação em sua despedida "sem exigirem o menor estipendio pelas despezas que fizerão". 
Diário do Rio de Janeiro, 23 de outubro de 1838





































João Caetano















9 de dezembro de 1838
Gaetano, Clara e Henriqueta Ricciolini participam de "espectaculo em grande galla" no Teatro Nyctheroyense, que recebia à época a companhia de João Caetano. Trata-se de demonstração dos vínculos profissionais e de amizade entre a família Ricciolini e o maior ator brasileiro do século XIX.
Diário do Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 1838

































1842
Isabel Ricciolini aparece no "Pequeno Almanak" como atriz do Teatro São Pedro de Alcântara (atual João Caetano). Gaetano e Clara constam como integrantes da companhia de baile. O endereço da família é o número 87 da praça da Constituição (atual praça Tiradentes).
Pequeno Almanak, 1842












16 de janeiro de 1844
O "Diário do Rio de Janeiro" destaca a realização de espetáculo no Teatro de São Pedro de Alcântara em benefício das "Senhoras Ricciolinis", "honrado talvez com a presença de Suas Majestades Imperiais".



12 a 20 de dezembro de 1844
O enviado especial da República Rio-Grandense ao Rio de Janeiro, Antônio Vicente da Fontoura, futuro genro de Miguel Cândido da Trindade Rubio Ricciolini, mantém com as autoridades imperiais negociações para a conclusão da Guerra dos Farrapos e a reintegração do Rio Grande do Sul ao Brasil. Em 15 de dezembro, o Imperador Pedro II vai ao Paço da Cidade para dar beija-mão ao enviado rio-grandense, mas Antônio Vicente da Fontoura se recusa a participar da cerimônia "enquanto não for brasileiro" (palavras de seu diário).
Fontoura hospeda-se no Hotel de Itália, na Praça da Constituição, em frente ao teatro onde atuavam Gaetano e Isabel Ricciolini e a poucos metros da residência da família Ricciolini (à época na Rua do Espírito Santo 1).













Assista ao vídeo "Nove dias em 1844", sobre a missão de Fontoura ao Rio:


01.03.1845   A Paz de Ponche Verde põe fim à Guerra dos Farrapos.

14 de junho de 1846
Pouco após completar 21 anos, Miguel Cândido da Trindade Rubio Ricciolini  troca o Rio de Janeiro pelo Rio Grande do Sul. Por volta de 1850, se estabelece em Cachoeira do Sul, base política de Antônio Vicente da Fontoura, a cerca de 200km de Porto Alegre. No Rio Grande do Sul, por questões de ordem prática, passará a usar o nome de Miguel Cândido da Trindade.
Diário do Rio de Janeiro, 15 de junho de 1846


















12 de dezembro de 1846
Isabel Ricciolini morre no Rio de Janeiro a duas semanas de completar 54 anos, vítima de "febre perniciosa" (malária). Seu último endereço foi a rua do Cano 125 (atual Sete de Setembro). Foi sepultada na Igreja de São Francisco de Paula. (nota: o pároco registrou erroneamente o nome de Isabel como "Isabel Arcelina").

Óbito de Isabel Ricciolini (1846)















8 de junho de 1854
Miguel Cândido da Trindade e Josefina Leopoldina da Fontoura, filha de Antônio Vicente da Fontoura e Clarinda Francisca Porto, se casam na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, em Cachoeira do Sul.



30 de setembro de 1858
Clara Ricciolini fica viúva de Carlos José Reis da Costa. 
Diário do Rio de Janeiro, 1. de outubro de 1858














10 de janeiro de 1860
Cachoeira do Sul é elevada à condição de cidade. Miguel Cândido da Trindade, um dos líderes da seção local do Partido Liberal, é o primeiro Presidente da Câmara Municipal (função equivalente hoje à de Prefeito) da nova cidade.

Assinatura de Miguel Cândido da Trindade (c.1892)








8 de setembro de 1860
Antônio Vicente da Fontoura sofre atentado durante as eleições municipais de 1860. Morre seis semanas mais tarde em decorrência dos ferimentos.



Antônio Vicente da Fontoura




























8 de outubro de 1860
Miguel Cândido da Trindade é nomeado capitão quartel-mestre do comando superior da Guarda Nacional nos municípios de Cachoeira do Sul e Caçapava do Sul.
Correio Mercantil, 13 de agosto de 1860















c. 1862
Clara Ricciolini se casa no Rio de Janeiro com o maestro e compositor português Antônio de Assis Osternold. 

1864
Clara Ricciolini Osternold aparece no Almanaque Laemmert como atriz do Teatro Gymnasio (antigo São Francisco) e moradora de Niterói. 

Almanaque Laemmert, 1864







































22 de março de 1865
Antônio de Assis Osternold e sua esposa Clara Ricciolini Osternold se mudam para Salvador da Bahia a fim de integrar a companhia musical e dramática do Teatro São João, a mesma casa onde Isabel e Gaetano Ricciolini se apresentaram 45 anos antes. São acompanhados pelos filhos do primeiro casamento de Clara: Carlos, Judith e Estella Ricciolini Reis da Costa.


Diário do Rio de Janeiro, 23 de março de 1865























19 de setembro de 1869
Clara Ricciolini Osternold morre em Salvador, Bahia, aos 47 anos (segundo o registro de óbito na Sé, 44 anos), vítima de "congestão". É sepultada no Cemitério da Quinta dos Lázaros.


Óbito de Clara Ricciolini (1869)




19 de novembro de 1869
Dois meses após a morte de Clara Ricciolini, Antônio de Assis Osternold regressa ao Rio de Janeiro pelo vapor Merrimack, acompanhado por seus três enteados (Carlos, Judith e Estella). Casa-se quatro anos mais tarde com a atriz portuguesa Eugênia Infante da Câmara, célebre amante do poeta Castro Alves.


Diário de Notícias, 20 de novembro de 1869


































17 de setembro de 1870
O Diário de Notícias registra a realização de missa pela alma de Clara Ricciolini Osternold na Igreja do Santíssimo Sacramento, Rio de Janeiro.




Diário de Notícias, 17 de setembro de 1870










22 de fevereiro de 1873
Nasce Virgínia da Fontoura Trindade, filha de Miguel Cândido da Trindade e Josefina Leopoldina da Fontoura, em Cachoeira do Sul.

Assinaturas de Virgínia e Augusto Pestana (1892)











24 de maio de 1892
Augusto Pestana Virgínia da Fontoura Trindade se casam na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, em Cachoeira do Sul.
Virgínia e Augusto Pestana (c.1920)

















Fontes: Arquivo do Duomo de Florença, Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Arquivo Nacional (Brasil), Biblioteca Nacional (Brasil), Arquivo da Basílica de Nuestra Señora de la Merced (Buenos Aires).



NONDVM ADVENIT OPTIMVS